sábado, 2 de julho de 2011

Ceticismo


Essa semana estava lendo um livro que me levou a pensar sobre a possível inexistência de Deus. No livro uma feiticeira, senhora de um reino escuro, lança um feitiço que cega as pessoas e as deixa completamente volúveis à sua fala e depois disso, diz que Deus e seu reino não existem.

Bom transportando isso para minha realidade gostaria de compartilhar algo que vivi há algum tempo atrás. Estava eu no quarto semestre da graduação de psicologia, no período de provas em meio a tantas novas idéias e teorias que cheguei ao ponto de começar a questionar a existência de Deus, comecei a me perguntar se tudo aquilo que acreditava sobre Deus não seria apenas mentira, afinal como poderia existir um Deus perfeito, alguém que me ama tanto que deu seu filho pra morrer por mim? E mais, como poderia acreditar em outro reino, o reino de Deus um reino de paz onde não existe dor nem lagrimas?
Tudo isso vai além da compreensão humana, além da razão. Em um momento em que eu estava supervalorizando a “razão” tudo começou a obscurecer, eu comecei a entrar em pânico a respeito das minhas próprias idéias e convicções, comecei a duvidar de tudo e querer simplesmente viver a minha vida como se tudo o que eu avia aprendido sobre Deus fosse mera especulação ou quem sabe um sonho.

Porém no mês seguinte Deus me surpreendeu grandemente quando em mais um dia do meu ceticismo, ele me envolveu com um amor que eu jamais havia experimentado e pude ouvir a voz dele me chamando de filho. Depois daquele momento minhas duvidas se foram e posso dizer que o encanto pela ciência já não é nem de longe maior do que meu encanto por conhecer a Deus e caminhar com ele como filho.

Pra finalizar a postagem gostaria de parafrasear um trecho do livro “A cadeira de prata” do escrito C.S. Lewis que retrata bem aquilo que eu penso sobre o mundo que vivemos e aquilo em que acreditamos.

“Uma coisa ainda não foi falada em nossos dias, vamos supor que tudo o que conhecemos sobre Deus e seu reino é pura invenção, Anjos, Bíblia, Céu, Cristo, Espírito santo e até mesmo Deus  , tudo .Nesse caso as coisas inventadas me parecem bem mais importantes do que as “reais”,vamos supor que este reino (Terra) em que vivemos seja o único existente, pois pra mim é muito pouco já não basta e vale muito pouco , ora talvez sejamos crianças brincando, mas quando criança brincamos de construir mundos e sempre da de dez a zero no mundo “real” , nesse caso eu prefiro o mundo das invenções  . Estou do lado de Cristo , mesmo que não haja Cristo.”